Artigo: Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Organizações da Sociedade Civil, Alemanha.

Por Mara Manzoni Luz e Sheila Tanaka

Desde a chegada dos primeiros imigrantes alemães no Brasil há quase 200 anos, os dois países estão ligados por laços culturais, sociais e econômicos com distintas dinâmicas de acordo com os momentos históricos. Nos últimos anos, mudanças políticas, econômicas e sociais no Brasil e na Alemanha levaram a alterações nas relações de cooperação para o desenvolvimento. No contexto de redução dos espaços para a sociedade civil no Brasil, faz-se necessário atualizar as análises sobre as relações de cooperação e sobre o papel que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) podem cumprir para aprofundar as relações de solidariedade pela democracia, justiça e pelos direitos humanos.

Para tanto, em 2020, o Processo de Articulação e Diálogo (PAD) e a Associação Brasileira de ONGS (ABONG) realizaram o estudo “A Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (CID) pós 2015: agendas para as Organizações da Sociedade Civil brasileiras” (Maria Elisa Huber Pessina e Elsa Sousa Kraychete). O presente documento tem os objetivos de atualizar este estudo, bem como aprofundar elementos referentes à cooperação alemã no Brasil e oferecer argumentos para subsidiar ações de incidência por parte das OSCs brasileiras sobre políticas de cooperação. Dessa maneira, contribuirá com subsídios para futuras oficinas de formação em cooperação internacional, visando ampliar a participação de organizações brasileiras no debate.

O documento foi elaborado tomando como ponto de partida o estudo de PAD e ABONG. Por essa razão, o texto evita repetir informações já mencionadas no estudo anterior e busca aprofundar em outros aspectos. Foram analisados documentos oficiais do governo alemão e das agências de cooperação com atuação relevante no Brasil, em uma identificação não-exaustiva de atores. Foram realizadas 07 entrevistas semiestruturadas com representantes de agências e redes alemãs, de OSCs brasileiras e pessoas consultoras especializadas no tema.

O documento está organizado em quatro seções, além desta apresentação: 1. Programas e principais focos da cooperação não governamental, oficial e as prioridades de ação; 2. Reflexões sobre as mudanças na conjuntura atual e efeitos pós pandemia de Covid-19; 3. Argumentos e questões identificadas para o aprofundamento da incidência das OSCs; 4. Conclusão: sistematização dos aprendizados e reflexões para o próximo período.

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